quinta-feira, 29 de abril de 2010





Ahahahaha Gente eu não tenho adesivinho, mas sou uma caça-colírio ok?

Hoje eu estava lendo a Capricho, e vi que ela veio com uns adesivinhos de "Caça-Colírios", e resolvi me engajar nessa proposta de encontrar o quarto integrante da série VDG!
E por incrível que pareça, eu amo a série VDG!!!!!!!!! (aaai gentche aqueles gatinhos arrasam UAHSDUAHSDUAHSDUHASUDAHSUDHASUDHASD cof cof cof)
Por coincidência, hoje eu estava dando uma passadinha no site do gordonerd e vi essa imagem... E não é que eu achei o quarto integrante?
Tenho que dizer que se o Serra entrar pra série ele vai humilhar todos os outros garotos, porque ele realmente está uma graça nessa imagem (rs)

Tá gente o momento de insanidade passou :)
Eu odeio a série VDG, e odeio aquelas meninas que colocam o sobrenome dos meninos no lugar do próprio sobrenome...
Acho que é uma idiotice essa coisa de ficar sendo completamente louca e apaixonada por eles, só pela imagem.
Hoje estou na revolta... Não estou triste, nem brava, só estou sendo mais rude que o normal, e rindo de tudo (para falar a verdade estou muuuuuito feliz hoje *-*)
Para completar colocarei o texto que prometi em outro post (trainspotting):

Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?

(tradução) Escolha viver. Escolha um emprego. Escolha uma carreira, uma família. Escolha uma televisão enorme. Escolha lavadoras, carros, CD players e abridores de latas elétricos. Escolha saúde, colesterol baixo e plano dentário. Escolha uma hipoteca a juros fixos. Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos. Escolha roupas esporte e malas combinando. Escolha um terno numa variedade de tecidos. Escolha fazer consertos em casa e pensar na vida domingo de manhã. Escolha sentar-se no sofá e ficar vendo game shows chatos na TV comendo porcaria. Escolha apodrecer no final, beber num lar que envergonha, os filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha o seu futuro. Escolha viver... Mas por que eu gostaria de fazer uma coisa como essa?

PS¹: Hoje não postei nada triste \o
PS²: Se ainda não assistiram o filme, assistam, é ótimo!
PS³: Segundo a mãe de uma amiga, eu escrevo uma filosofia metafísica, e transcendental, sou chic né? rs

terça-feira, 27 de abril de 2010

Invisible


O homem estava ali, vendendo suas balas, em um ponto de ônibus, se esforçava mas o suor que lhe escorria pelo rosto, nada valia. A mão, fazia um movimento de ir e vir continuamente, balançando os pacotinhos de bala tentando despertar o interesse de alguém, mas o movimento, e o esforço, de nada valiam. A voz, baixa e cansada, dizia coisas estranhas, loucuras talvez, mas as cordas vocais daquele homem, não valiam nada para aquela gente. Era só mais um homem invisível... Só mais um homem invisível.
Me perguntei como seria estar na pele daquele homem, como era ter as cordas vocais cansadas daquela forma, e por aqueles motivos, e qual seria a sensação de sentir meu suor escorrer pela face daquela forma, qual era o sentimento que aquelas pequenas gotas carregavam. Mas aos olhos daquela gente, ele não tinha sentimentos.
Pensei naquela menina, de beleza estonteante, mas que
não tinha conhecimento sobre tal, e ainda por cima se achava feia. Em sua mente, não era uma feiura visível, não era nem uma feiura daquelas dignas de serem vistas, era uma feiura daquelas que devem ser caladas, e invisíveis. Ela só precisava de um espelho, e de olhos atentos, para enxergar que nela havia algo digno de ser admirado durante dias e dias.
Aquele menino me veio a mente, aquele cujos os pensamentos encantariam qualquer ser provido de um cérebro, aquele menino que se sentia invisível, por nunca ter escutado alguém dizer: "Você é capaz!", e por nunca ter escutado isso, sentia que nunca seria capaz de fazer algo
em sua vida. Se ninguém o enxergasse e dissesse o valor de seus pensamentos, ele terminaria em um ponto de ônibus, vendendo balas, com o suor lhe escorrendo pela face, como se seus pensamentos nada valessem.
Fui tomada por uma inquietação, me lembrei do tempo em que me sentia invisível, e era levada a pensar que as pessoas eram vazias. E eram. Então, como se de repente surgisse um raio de sol no meio de uma tarde chuvosa, esse pensamento surgiu: "Mas você não precisou que te
enxergassem, aos olhos daquela gente você era só uma menina com sentimentos (sentimentos são uma doença aos olhos daquela gente), você era somente uma menina que da vida nada entendia, que não entendia que as pessoas traem sim, a confiança daquelas que as amam, você era só uma menina invisível. E veja, você não precisou que te enxergassem, você precisou se enxergar, e perceber que nada importa se te enxergam ou não, o que importa é como você se enxerga!"
-E eles podem fazer o mesmo - a voz disse para mim (A voz que sempre fala quando me vejo com a solução de algo).
Portanto, ainda que as pessoas desviassem
o olhar daquele homem, ainda que ele fosse invisível para elas, ainda que as gotas de sentimento escorressem pela face sem chamar atenção, aquele homem era visível, bastava que isso lhe ocorresse em uma manhã, e ele poderia fazer um desenho para lembrar desse dia. Assim como todos os outros citados.
E ainda que eu fosse invisível aos olhos daquela gente, só por acreditar no ser humano, e no amor verdadeiro, eu era visível, e eu fiz um desenho quando isso me ocorreu em uma bela manhã, pois queria me lembrar desse dia.
O que fica evidente é que não importa se você é invisível aos olhos dos outros
por sua classe social, o que sente, o que pensa, o que diz, por sua aparência, por sua religião e etc, não se importe, diga para si mesmo: "Eu não preciso que me vejam, eu só preciso enxergar o brilho que há em mim", e saiba que ao aceitar isso, esse brilho emanará sobre os olhos de todos aqueles que antes não te enxergavam, tornando o que antes era opaco, brilhante!

PS: O texto foi escrito baseado em duas cenas, a do ponto do ônibus (o homem que vende balas), e uma conversa que tive com três amigos hoje a tarde, sobre as pessoas muitas vezes valerem muito, e não saberem disso. Acabei interligando os dois assuntos enquanto estava pensando dentro do busão, e achei conveniente postar.
PS²: A imagem do texto, é o desenho que eu fiz na manhã em que decidi que seria visível, e que tudo mudaria. Foi uma época em que me decepcionei muito com algumas pessoas que eu amava (na verdade uma pessoa) e fiquei me sentindo invisível, porque parecia que ninguém enxergava meus sentimentos.
PS³: A GabiHerpes (leitora do blog), reclamou que o blog anda meio triste e depressivo, só queria pedir desculpa por ter postado mais uma vez algo triste (mas que no fundo é feliz porque mostra que todos temos valor, independente do que aquela gente pensa). PS4: "aquela gente" é como eu me refiro às pessoas que muitas vezes nos põem para baixo, ou fingem que não nos enxergam. É a parte da sociedade que aos meus olhos não vale nada, por não ter sentimentos. PS5: Enxergue-se, brilhe, e SEJA FELIZ!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O amor anda tão moderno

Estou lendo um livro muito bom (Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco), que fala sobre o amor de uma forma tão encantadora e delicada, como se o amor fosse genuinamente eterno. Conta a história de um daqueles amores que passam pela vida da pessoa de forma fulminante, avassaladora, como um tornado (E não vou contar detalhes, vocês que leiam o livro :P).
Fiquei tão encantada que me senti uma mulher Romântica do séc XIX, sabe?
E fiquei comparando as épocas e os amores (séc XIX e séc XXI), isso mexeu muito comigo, fiquei me perguntando: ONDE ESTÁ O AMOR?
Poxa, é cada vez mais comum encontrarmos pessoas falando "Homem é igual biscoito, perde um e vem dezoito" ou "Vou pegar geral". As pessoas são meros objetos?
A sociedade está cada vez pior, as pessoas são preparadas para lidar com números, com máquinas, e até mesmo com pacientes em hospitais, mas raramente se dão conta de que lidam com pessoas inclusive nos hospitais (digo isso por expêriencia própria, outro dia uma enfermeira brigou com o meu pai só porque ele falou que eu ia desmaiar, e que ela precisava fazer alguma coisa), e o pior é que elas levam isso para suas vidas pessoais, acabam tendo relacionamentos sem amor algum.
Um breve exemplo, os funkeiros vêem as "minas" como depósitos de espermas, e se você é funkeiro não me venha com esse papinho de "eu respeito sim as mulheres", pois não é isso que as músicas de seu celular dizem.
Sabe que a visão do significado de amor está tão deturpada, que até a mídia reproduz isso... Outro dia vi uma manchete que dizia:
"Homem mata sua ex por amor"
HAHAHA, isso é amor? Faça-me o favor... Esse amor moderno me espanta, antigamente as pessoas morriam por amor à pessoa amada, hoje em dia matam por amor a pessoa amada.
Enfim, o amor é raridade.

PS: Se encontrar amor verdadeiro em promoção no mercado, compre 7kg para mim, brinks.
PS²: Estou começando a ter receio de escrever, sinto que tenho escrito muita besteira.
PS³: Bom final de semana *-* (aaaah, os finais de semana!)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Fragmentos de mim


Ela, Mariana, sonhadora, morando com o pai, visitando a mãe de vez em quando. Ouvindo músicas, ouvindo nada.
Sozinha. Calada.
Sozinha. Sem sono.
Acompanhada. Sem paciência.
Ela, Mariana, e suas palavras guardadas nas esferográficas, palavras em tinta, que ainda não foram escritas.
Mas ela tem quem segure suas mãos!
Os livros seguram suas mãos.
Sozinha no corredor da escola, um livro segura sua mão.
Sozinha na estação de metrô, um livro segura sua mão.
Ela, Mariana, de passos perdidos, de sorrisos mentirosos, de sorrisos muito felizes, porém muitas vezes mentirosos, o sorriso que acompanha o olhar fugitivo, o olhar sincero, que foge do encontro com o olhar dos outros.
Ela, Mariana, a menina estranha.
Ela, Mariana.

terça-feira, 20 de abril de 2010

I'm lucky, I know.

Eu entrei no busão, sentei, e fiquei a pensar:
"Eu, justo eu, que sempre faço tudo certo, acredito em Deus, faço trabalho voluntário, sou vegetariana, sorrio o tempo todo, leio mais de dois livros por semana, não escuto música sem fone de ouvido dentro do busão, utilizo transporte público e não poluo o meio ambiente, separo o lixo reciclável, cuido das pessoas que amo, faço boas redações, estudo bastante para tirar notas boas, me dedico em tudo o que faço, não rôo unhas, sou legal com crianças, respeito os idosos, e como uma maçã por dia!"
Passei alguns minutos tentando lembrar quando vi algo ruim acontecer com pessoas que mereciam coisas ruins, e não me lembrei de nada, delicadamente, tentei mudar o assunto em que meu cérebro queria discutir comigo, mas ele não deixou, então me aprofundei nesse assunto mesmo.
Escolhi uma forma muito divertida de pensar nisso:
"Eu tenho sorte, aquele idiota que roubou meu celular, vai ser sempre um perdedor, ele não deve ter pessoas legais ao seu redor, ele não deve ter uma família maravilhosa, ele não tem uma criancinha linda que todos os dias olha para ele e diz: "Vamos dançar aquela música?" (Aquela música no caso, é a seven nation army do white stripes), ele não tem as amigas que todos os dias me esperam no pátio da escola as 7 horas da manhã, ele não tem tudo isso, ele não tem tudo o que eu tenho"
Abri um sorrisão, e pensei que o que eu realmente tenho de importante, ele jamais terá.
E concluí isso, ao ver ali, sentada nas mesinhas da fnac, a minha menininha, olhando para mim com cara de brava e dizendo:
- Pensei que você me deixaria aqui, quer me matar do coração é?
Na volta para casa, pensei, que eu cancelaria o roubo do meu celular do dia 20 de abril de 2010, e aquele dia seria só mais um dia em que sorri com ela, só mais um dia em que nós rimos de coisas idiotas, o primeiro dia em que fizemos um cover da banda Cine (A banda sentiria inveja das nossas coreografias), e mais um dia regado a café e desenhos. Um daqueles dias, em que ela vem e inunda meu ser com inspiração, um daqueles dias, que muita gente morre sem ter igual.
Nesse dia, na minha memória o único tipo de roubo que teve, foi o tradicional, o tipo de roubo que ela sempre faz, aliás, ela é especialista nisso: Roubar sorrisos.

PS: Obrigada! ♥

segunda-feira, 19 de abril de 2010


Hoje tenho muitas coisas para falar, mas nada que vá mudar o dia de vocês, nem palavras bonitas, e toda aquela melação que sempre posto.
Acordei com dor de cabeça.
Resolvi que postaria algo, mas ninguém da escola me deu uma ideia, e hoje estou com a criatividade no lixo, então resumirei por tópicos as coisas que pensei hoje.

#1





Jovens, não sejam idiotas, por favor.
ps: não estou dizendo que as pessoas mais velhas, podem ser idiotas, só estou pontuando minha indignação para/com os jovens.


Bem, hoje fiquei pensando sobre isso, e me senti muito mal.
Motivo n° 1: A maioria das pessoas jovens que eu conheço não querem nada com a vida, isso me chateia.
Motivo n° 2: Partindo do ponto de vista da maioria dos jovens, ser idiota é cool.
Motivo n° 3: Nós não lutamos por nada.
Motivo n° 4: Fiquei chateada porque muita gente da escola não sabe que quando você desce a escada tem que descer pela direita, e quando você sobe tem que subir pela direita. Porque a direita da escada não é a sua direita, entende? Se você não entendeu, faça o teste em casa, suba a escada segurando o corrimão com a mão direita, e desça usando a mão direita, você estará de lados opostos. (PS: Poxa, pessoas, não compliquem a vida de quem sobe e desce as escadas da escola, mimimi)
Motivo n° 5: A maioria dos jovens, continuarão sendo idiotas, mesmo quando forem adultos. (Ah meu Deus, meus filhos viverão num mundo com gente idiota, mimimi)
Motivo n° 6: Eu odeio a forma como algumas pessoas jovens se sentem cultas só porque leram a saga Crepúsculo.

#2

Eu tenho um amigo que se chama Beto, ele foi abduzido por um E.T.
UASHDUASHDUAHDUASHDUAHDUH ♥ (Eu precisava postar isso, juro!)

#3

Hoje eu estava fazendo uma lição de filosofia, e eu tinha que responder qual das faculdades do intelecto eu não desenvolvi (Razão, Juízo e Percepção), e fiquei triste ao constatar que eu não desenvolvi a percepção. Sabe, às vezes eu não percebo as coisas mais óbvias do mundo... Eu sempre quis perceber coisas imperceptíveis, tipo sinais emocionais de uma pessoa em seus gestos.

#4

Eu queria saber desenhar.

#5

Acabaram de me ligar para avisar que a minha roda de leitura foi cancelada, pois acabou a água, e a escola não teve aula. Sei que vocês leitores, não tem nada a ver com isso, mas entendam que hoje o meu dia não está sendo muito favorável, e eu precisava postar esses pequenos fragmentos dos meus pensamentos.

#6

Pequena anotação na borda de uma folha qualquer:
No geral vejo as pessoas assim:
AS ADMIRADAS: São pessoas que eu admiro, por terem me cativado, com um sorriso, palavras, gestos, ou até mesmo por serem quem são.
AS ESQUECÌVEIS: São pessoas que eu esqueceria facilmente, pois não me cativaram.
Anotei isso, e fiquei olhando por um bom tempo, fiquei pensando no quanto sou boba, gosto tanto de algumas pessoas que talvez nem se lembrem de mim, vou exemplificar: Muitas vezes gosto de pessoas que só me dizem "Oi, tudo bem?", eu não sei o que difere o "Oi, tudo bem?" delas, mas isso se torna muito especial certas vezes.

#7

Peço desculpas a todos os leitores do blog, mas eu estava precisando postar essas coisas idiotas.

#8

Agora acabou.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Decepção não mata, ensina a atuar.

Ela esperava que tudo desse sempre certo, que o filme de sua vida sempre seguisse o roteiro, que ninguém errasse as falas, e que nenhum dos personagens a esquecesse, pois era triste, ser figurante na própria vida.
Naquele dia, não foi diferente, esperava tudo de novo: o roteiro, os personagens, as falas, enfim, o impossível. E aconteceu tudo igual: o roteiro, os personagens, as falas, enfim, tudo deu errado.
Ele disse: "Você é egoísta!"
Isso a deixou muito triste, e muito decepcionada.
A garota egoísta voltou para casa ignorando o mundo, os barulhos da rua, os pássaros, as pessoas, os aromas, as cores. Com passos decididos a garota egoísta ignorou o mundo, ignorou tudo, fez do mundo só ela, fez só ela seu próprio mundo, seu mundo só, só.
Chegou em casa, pegou o telefone, ligou para alguém:
- Tuuu Tuuu Tuuu - ninguém atende.
Ligou para a amiga:
- Tuuu Tu... Alô?
- Oi, liguei para dizer que estou triste... (A menina egoísta jogava pelo fio tudo o que a deixava triste)
A amiga não respondeu nada, pois naquele dia, a menina egoísta estava com o egoísmo tão presente em si, que disse que não queria resposta, só queria falar.
Desligou o telefone, sentou no sofá, pôs a mão no rosto, tentou chorar, mas não conseguia, as lágrimas também resolveram decepcioná-la, e não saíram. Ela insistiu, e uma imitação de lágrima saiu.
- Deus, por quê sou tão idiota? - olhava para o teto, como quem olha para o céu, a esperar uma resposta.
Silêncio.
- Já sei! Ai que ideia genial! Preciso fazer isso! - secou a lágrima e ficou atônita, era como descobrir o segredo da felicidade...
Ela resolveu que nunca mais mostraria tristeza, que provaria para ela mesma, que podia fingir felicidade, e que era uma boa atriz, mesmo que só ela soubesse da atuação. De agora em diante, seria ainda mais egoísta, guardaria para si mesma até os próprios sentimentos, confundindo todos a sua volta, que jamais saberiam o que ela sentia.
Saiu de casa sorridente, disse boa tarde a todos, cantarolou músicas até então esquecidas, e quando deu por si, não atuava mais.
E pensou: Decepção realmente não mata, ensina a atuar.

PS¹: A garota egoísta não era egoísta, foi só uma coisa idiota que disseram a ela.
PS²: Tinha planejado escrever mil coisas essa semana, mas acabo ficando com preguiça de entrar na net. Resolvi escrever essa narrativa porque estou com saudade de contar histórias. (Mas essa saudade vai acabar porque semana que vem, volto a fazer trabalho voluntário, nas rodas de leitura *-* Vou ver meus pequenos!)

quarta-feira, 7 de abril de 2010


- Joely?
- Sim, Tangerine?
- Eu sou feia? Quando criança eu me achava feia... Não acredito que estou chorando... Às vezes acho que as pessoas não entendem a solidão de ser criança, como se você não fosse importante. Eu tinha oito anos e tinha esses brinquedos, essas bonecas... A minha preferida eu chamava de Clementine, e eu gritava com ela: "Não pode ser feia, seja bonita!". Estranho como se, caso eu pudesse transformá-la, eu também mudaria, magicamente.
- Você é linda!
- Joely, nunca me deixe.
- Tangerine, você é linda...
- Mierzwiak, por favor, por favor, deixe-me guardar esta lembrança. Só esta...!


Eu adoro esse filme, e essa parte me toca muito... Lembro da minha infância, sabe?
Eu lembro que fantasiava que minha vida seria perfeita, que eu seria rica, moraria num lugar perfeito, seria linda, poderosa, bem-sucedida, teria dois filhos, seria casada, enfim, teria a minha vida supostamente perfeita.
Mas hoje eu sou mais realista, por que preciso de tudo isso para ter a vida perfeita? Tô cansada dessa generalização de felicidade. Então se todo mundo é feliz com isso, eu também tenho que ser?
Maaaas voltando para a infância (Vou deixar essa discussão de felicidade generalizada pela sociedade para o dia em que postar o texto de Trainspotting :P), quando eu era pequena, era tudo tão perfeito *-*
Lembro de coisas mágicas, coisas simples, porém mágicas. Lembro que todas as vezes que minha mãe saía, eu pedia para ela me trazer um presente, e ela sempre comprava um livro. Lembro também, das minhas aventuras com os meus dois primos, coisas bestas como brincar de base militar no quintal. Por incrível que pareça, uma coisa estranha que eu fazia nunca saiu da minha cabeça, eu me lembro de não gostar de bonecas, e nunca tirá-las das caixas, eu gostava de chamar de filhinhas, as coisas que ninguém nunca adotaria. Recordo-me de todas as vezes em que solucei de tanto chorar, porque as coisas não eram como eu queria, e da frase que eu não cansava de repetir quando ficava triste: "Vou dormir, e quando eu acordar vai ter sido um sonho ruim", e nessas situações, minha mãe falava: "Era uma vez..." E os soluços cessavam, e os meus olhinhos ficavam atentos, enxergando um mundo que não existia, criando com perfeição a visão daquelas maravilhosas histórias criadas por quem melhor me entendia.
Existe coisa mais meiga que a infância?
A imaginação, a inocência, o brilho nos olhos *-*
Não, não existe nada mais meigo.

PS: Quando pequena Mare Patinho se sentia feia, e ainda se sente.
PS²: A história de nunca adotar bonecas, e sim coisas estranhas, é realmente verdadeira. Mare Patinho aos 4 anos, adotou 14 pedaços de cenoura, nomeou todos eles (na verdade elas) e os chamou de filhinha.
PS³: Preciso manifestar o quanto estou feliz! Sei lá, tá tudo tão perfeito! Esse friozinho me encanta. E amanhã é dia de Starbucks com a Ferdisinia.

segunda-feira, 5 de abril de 2010



.apenas o fim.
Direção e roteiro: Matheus Souza
Produção: Júlia Ramil e Mariza Leão
Elenco: Érika Mader, Gregório Duvivier, Marcelo Adnet, Nathalia Dill, Anna Sophia Folch, Álamo Facô e Júlia Gorman
Fotografia: Julio Secchin
Direção de arte: Gabriel Cabral e Julia Garcia
Figurino: Tatiana Pomar
Montagem: Julio Secchin
Trilha Sonora: Pedro Carneiro


O filme é de 2009, e a Mare só posta sobre ele agora?
Pois é, infelizmente, e sabe um dos motivos? O filme não foi muito bem divulgado, o que é uma pena.
Precisava postar sobre esse filme, que é uma gracinha! O roteiro é ótimo, é um tema que cativa qualquer pessoa, é totalmente jovem, e apesar de receber críticas sobre ser muito parecido com "Antes do Amanhecer", eu classificaria o filme como algo inovador. Digo algo inovador, porque no Brasil, não se faz filmes como esse (Confesso não gostar da maioria dos filmes brasileiros). Sem contar, que o ".apenas o fim." não é tão monótono quanto o "Antes do Amanhecer".
O filme retrata a despedida de um casal, é basicamente um diálogo, e entre uma cena e outra aparecem algumas cenas do passado. (Sim, é de cortar o coração!)
O enquadramento da maioria das cenas foram incrivelmente criativos, não podia deixar de comentar.
A trilha sonora deixa a desejar, pois o filme não tem muitas músicas. Mas eu diria que o Pedro Carneiro, compensou todas as músicas que não colocou durante o desenrolar da história, ao colocar Pois É (Los Hermanos) na cena final.
Se eu tivesse que escolher uma cena como a minha favorita, eu escolheria um momento antes da cena final, por um gesto que o Tom faz, quando "Ela" está de costas. Se você ainda não assistiu (ou vai assistir novamente), repare que quando "Ela" vira as costas para ir embora, ele estende a mão, como quem vai dizer algo, mas se cala, e olha para cima. Esse gesto representa tudo o que poderia ter acontecido, e não aconteceu.
E a pergunta que não calou desde que eu assisti o filme: O que tem dentro da caixinha? Sabemos que tem uma carta com cheirinho de Vanilla, mas ninguém se dá ao trabalho de colocar uma carta dentro de uma caixinha, sem ter nada que a acompanhe.